terça-feira, 23 de junho de 2009

O maior King Kong do mundo

Minha amiga Kathy errou muito feio. Mas muito feio. Muito feio. Feio demais!
Há algum tempo, ela foi a um casamento. Não conhecia ninguém, apenas seus pais e os amigos deles. Quiseram levá-la pois quase nunca saía de casa, exceto para o trabalho. Nos finais-de-semana, onde pessoas jovens saem, ela estava sempre em casa vendo um filme na tv, indo deitar cedo, ou no máximo saía pra jantar com amigas. No máximo! Chegando no casamento, em roupa e sapato que não eram dela, numa noite de temperatura bastante baixa, os amigos dos pais quiseram se sentar num local meio longe das pessoas, pois era o mais aquecido. Era um lugar péssimo pra quem queria avistar pessoas jovens. Ou mesmo, avistar pessoas. A mesa toda começou a beber...vinho, whisky, champagne...Kathy, mais que todos, era um copo de vinho atrás de outro. Até que se cansou e foi dar uma volta, ver se avistava alguém conhecido. Avistou. Tommy.
Tommy era um cara da mesma faixa etária, entre 25 e 30, já haviam saído algumas vezes um ano antes, tinha sido ótimo, e fazia tempo que não se encontravam. Desde que se avistaram na festa, não se desgrudaram. Os pais foram embora com a promessa de que Tommy a levaria. Lá pelas tantas, Kathy que não havia colocado um ml de água no estômago, já não parava de ir ao banheiro (álcool é f...) e Tommy quis ir embora. (Acho que ele queria se dar bem, se é que vocês me entendem...ainda mais ela estando altinha de bebida)
Ao entrar no carro, Kathy simplesmente não respondia por si. No caminho, pediu que ele parasse o carro porque ela ía passar mal. Antes que ele parasse, ela abaixou o vidro e ... Ai, credo! Ele parou, ela abriu a porta e vomitou mais. (Gente! Mico? Não...King Kong!!!). No que Tommy foi ligar o carro pra ir embora, o carro não pegava (porque assim, ele já quase não devia tá puto da vida, e ainda acontece isso. Que noite boa!!!). Kathy, em sua condição mais que perfeita, disse que iria empurrar (empurrar o que, menina? Devia ter empurrado o negócio pra dentro quando quis sair. Ao invés disso, puxou pra fora...causando o maior mico da sua vida). Ele pediu que ela ficasse no carro que logo a situação se resolveria. Enquanto Tommy tentava dar a partida, a menina abriu a porta e simplesmente, do seu banco, se jogou no chão, na grama (menos mal que era grama). (PQP!!!!!!!!!! O que colocaram na bebida dessa infeliz??? Tava tentando se matar, acho) e foi rolando. Deve ter passado mal de novo, afinal, tinha muito pra ser colocado pra fora de seu organismo. Tommy desceu do carro, foi até onde Kathy tava largada e a colocou de volta. O carro funcionou e foram embora.
Chegando em seu prédio, Kathy disse a ele: Você precisa ir comigo até a porta do meu apartamento porque se eu cair no elevador, não levanto. E ele foi, coitadinho! Deixou ela certinho na porta e foi embora. Com certeza bastante frustrado por não ter se dado bem e ainda ter tido esse pequeno desvio de conduta de uma mulher tão ajuizada. E tão linda...(depois disso ficou feia)

Dia seguinte: Kathy mal conseguia se mexer na cama quando ouviu sua mãe chamando pro almoço. Finalmente conseguiu se levantar, sem nem saber o que havia ocorrido, sem se lembrar de praticamente 98% de suas façanhas (o que aconteceu foi tão improvável, tão ridículo, que vou chamar de façanha mesmo) e olhou pros pés, que estavam incrivelmente sujos de terra (da grama?). Se os pés estavam sujos, é porque ela ficou sem sapato. Logo foi procurando os sapatos, que, por muita sorte, estavam na cama. (Muita sorte mesmo pois se não os encontrasse, teria que ir correndo comprar outro par pra sua amiga). Deu uma olhada no vestido e viu que estava cheio de carrapicho (putzz!!!). A meia-calça, marrom de terra. E algo estava faltando...Hummmmm... onde estava o cachecol, que também não era dela? Procurou na bagunça deixada no quarto ao chegar e nada. Será que ficou no carro do Tommy? Será que ficou na grama quando ela deu aquele mergulho achando que fosse o mar? Será que ficou na festa do casamento? Só Deus sabe! Bom, talvez naquela hora Deus estivesse dormindo e nem viu também. Só sei que a vergonha foi tanta, a ressaca moral foi tamanha, que Kathy nunca teve coragem de perguntar a ele o que aconteceu e nem se ele tinha visto o tal cachecol. E sempre que o via em alguma balada ou qualquer outro local, abaixava a cabeça. Pra amenizar, levou a amiga ao Shopping e disse que ela poderia escolher qualquer cachecol que ela daria de presente (presente? Sei!).

Resultado final: A noite saiu no prejuízo. Não foi a primeira vez e nem a última. Ela ainda bebeu além da conta algumas vezes. Pior que adolescente. E Kathy, amiga, você errou tão feio que nem sei o que dizer. Faça o seguinte...finja que não foi com você e tá tudo certo, mesmo se o cara nunca mais olhar na sua cara. Como diz uma comunidade do Orkut: " Se eu não lembro, não fui eu". E King Kong não tem lugar no meu navio.

Um comentário:

  1. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...

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